10 Coisas que
Você Precisa Saber Sobre Retinopatia
Retinopatia diabética é uma complicação que ocorre quando o
excesso de glicose no sangue danifica os vasos sanguíneos
dentro da retina. Caso o paciente não busque tratamento, a visão pode ficar
seriamente comprometida.
1) A retinopatia diabética pode surgir sem que o paciente note
diferença em sua visão. Com o passar do tempo, porém, a visão passa a piorar,
podendo até mesmo chegar à cegueira, caso não seja tratada.
2) Ela tem quatro fases:
Fase Inicial (Não Proliferativa) – Ocorrem os microaneurismas, que são pequenas
áreas de dilatação dos pequenos vasos sanguíneos da retina.
Fase Moderada (Não Proliferativa) - Nesta fase, alguns vasos sanguíneos são
bloqueados.
Fase Severa (Não Proliferativa) - Mais vasos sanguíneos são bloqueados e várias
regiões da retina param de receber sangue. Com isso, elas não recebem o
oxigênio suficientes e enviam sinais ao organismo para formar novos vasos para
sua nutrição (neovascularização).
Retinopatia Proliferativa – É considerada a fase mais avançada da doença. A
retina envia sinais, solicitando melhor circulação de sangue. Isso provoca o
crescimento de vasos sanguíneos defeituosos e frágeis.
3) A presença dos vasos sanguíneos com defeito não causa sintomas ou perda de
visão. Por terem paredes frágeis, podem se romper e espalhar sangue pela
cavidade vítrea. Isso sim resulta em perda de visão.
4) Para evitar os problemas de visão, além de manter um bom
controle dos níveis glicêmicos, todo paciente com diabetes
tipo 1 ou 2 deve fazer o exame do fundo de olho pelo menos uma vez por
ano.
5) Na gravidez, os cuidados com a visão devem ser redobrados. Para proteger a
vista, as mulheres grávidas com diabetes precisam fazer pelo
menos um exame do fundo de olho a cada trimestre gestacional.
6) A retinopatia não costuma apresentar sintomas. No entanto, quando ocorre
hemorragia vítrea, o paciente pode ver alguns pontos de sangue ou manchas
flutuantes na visão. Ao primeiro sinal de visão borrada, ou qualquer outra
alteração, procure um oftalmologista.
7) Durante as primeiras três fases da retinopatia diabética, não há necessidade
de nenhum tratamento oftalmológico, exceto quando há edema macular. Mesmo
assim, nuitas vezes, pode ser feita fotocoagulação parcial na fase 3.
8) A retinopatia proliferativa é tratada com panfotocoagulação a
laser. Nesse tratamento, os vasos sanguíneos neoformados e as áreas sem
oxigenação são fotocoagulados. Normalmente, são necessárias duas ou mais
sessões de aplicação a laser. Caso haja hemorragia severa, pode precisar de um
procedimento cirúrgico chamado vitrectomia, para remover o sangue do olho.
9) O National Eye Institute (NEI) é o órgão que gerencia e
apóia pesquisas que tenham como objetivo encontrar novos métodos de
diagnóstico, tratamento e prevenção da perda de visão em
pacientes com diabetes. Há estudos sobre medicação que pode impedir a retina de
enviar sinais para o organismo, evitando, assim, a neovascularização retiniana.
10) A melhor forma de prevenção da retinopatia diabética é manter os níveis de
glicemia sob controle. Além disso, é preciso manter bons níveis de pressão
arterial e das taxas de colesterol. Isso ajuda a proteger
os olhos e a saúde como um todo.
O que fazer:
- diagnosticar,
precocemente, o diabetes. Estão nesta classe as pessoas com familiares
diabéticos e os obesos;
- Feito
o diagnóstico, cuidar da doença. Procurar o médico. Ler sobre a doença (
há vários livros e folhetos sobre o assunto ). Entrar para uma Associação
de Diabéticos.
- Diagnosticada
a retinopatia, o oculista será o seu grande amigo. Ele vai acompanhar a evolução
da doença, fazer tratamentos diversos e aplicar, quando necessário,
raios-Laser.
- Os
oftalmologistas e os diabéticos devem dar as mãos aos clínicos
diabetólogos. O especialista em diabetes é
a pessoa mais importante no tratamento da retinopatia diabética, pois
o oculista tenta reduzir os malefícios das hemorragias da retina e outras
lesões, mas o diabetólogo procurará controlar a doença e com isto reduzir
a incidência e a evolução das complicações, entre as quais a retinopatia.
A retinopatia diabética evolui do
aparecimento inicial de micro-aneurismas, seguidos de pequenas hemorragias.
Sucessivamente surgirão hemorragias maiores, cicatrizações ( manchas em flocos
de algodão ) ou manchas duras. Tanto mais graves quando se fazem na região da
mácula ( ponto de maior acuidade visual ) . Ocorrem, em ambos os olhos e se
chamam retinopatias não
proliferativas.
Com o crescimento de vasos anormais na
superfície da retina ( que é uma fina membrana que está no fundo do olho e é
responsável pela formação da imagem ) estes vasos podem sangrar de maneira
intensa ou podem causar descolamento da retina. Ambos provocam a grave redução
da visão e, até mesmo, a cegueira total.É a retinopatia proliferativa.
DIAGNOSTICAR E TRATAR
Pensar que a vida é boa, que tantas
pessoas dependem de você. Tenha força de vontade e confie nos avanços da
medicina. Já se vislumbram pesquisas sobre a retina artificial.
Mas, lembre-se: o diabetes é doença
que crescerá no 3º milênio,
calculando-se que haverá um aumento do diabetes tipo 2 ( e obesidade ) de cerca
de 40%. A retinopatia não se restringe ao diabetes tipo 1. Ela também ocorre no
diabetes tipo2.
O sucesso para o tratamento da
retinopatia diabética fundamenta-se na perfeita integração entre O PACIENTE, O DIABETÓLOGO EXPERIENTE E O
OFTALMOLOGISTA DE PRIMEIRA LINHA.
Nos últimos 15 anos, avanços foram
realizados de forma a prevenir, atenuar, ou mesmo retroagir as complicações do
Diabetes Mellitus, especialmente a Retinopatia Diabética. Não é tarefa fácil,
mas vale a pena fazê-lo pois trata-se de complicações graves.
Os Oftalmologistas, com o uso dos
Raios Laser, trouxeram benefícios preciosos, mas, tratam-se os efeitos e não as
causas dos malefícios representadas pelo diabético mal cuidado, permanentemente
descompensado. A responsabilidade e a cooperação do paciente são
indispensáveis, pois ele se submete a sacrifícios, como as várias injeções de
insulinas diárias, o controle das glicemias pela picada nos dedos, várias vezes
ao dia, o seguimento de uma dieta rígida. É o tratamento intensivo.
Os Raios Laser são uma arma poderosa
no tratamento da retinopatia diabética, mas devem ser usados com critérios
rigorosos e menos freqüentes.
O Diabetólogo motiva o paciente,
ampara-o emocionalmente, orienta quanto à dieta e a insulinoterapia intensiva.
Os resultados, quando se obtém uma ação integrada são positivos.
Mesmo os pacientes com lesões graves
da retina não devem se desesperar, pois eles mantêm íntegras as vias ópticas e
virão, num futuro próximo, a se beneficiar das novas descobertas: a retina
artificial, os chips ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário